História de uma amiga visitante do blog

Olá galera! hoje postarei o comentário que é mais um relato de vida de mais uma guerreira, esse comentário é a história de vida de uma visitante do nosso blog, em uma das postagem que fiz a um tempo (gravidez x escoliose) ela compartilhou conosco sua vida com a escoliose, o nome dela é Glaucia e eu achei muito interessante a história dela e gostaria de compartilhar com vocês, pois no final ela da um belo conselho a todos nós.

Comentário recebido de Glaucia

Adorei encontrar este blog e descobrir que tantas pessoas sofrem do mesmo problema que o meu e não deixam a "peteca cair".
Tenho escoliose somada a uma lordose desde meu nascimento. Sofri muito durante toda a infância, mas principalmente na adolescência. Tinha vergonha de sair na rua, já que as pessoas me apontavam e riam de mim e raiva por sempre ser o "patinho feio" do grupo, ainda que tivesse um rostinho bonito. Cheguei a usar aparelho para corrigir o problema, mas o melhor resultado que consegui foi no crescimento; não sou alta mas poderia estar com a estatura de um anão. Pensei várias vezes em me matar por não me aceitar ser a única "diferente" no grupo dos amigos. Hoje tenho 29 anos, uma adulta bem resolvida em várias questões - eu frequento academia, vou para balada, danço, beijo muito etc; milagrosamente a escoliose não me limita em absolutamente nada, mas nos momentos de baixo astral ainda me recai o peso do preconceito da sociedade, que insiste em me apontar na rua como seu eu fosse um animal exótico. Um homem que me aceite sem sentir vergonha de mim, ainda não consegui encontrar, e às vezes penso que vim neste mundo para outro próposito que não seja constituir família. Filhos, nunca pensei em tê-los, porém com o decorrer dos anos, o reloginho biológico está começando a dar seus sinais, e daí fico imaginando como seria ter um abençoado bebezinho no meu ventre? Será que eu posso? E daí penso, não quero arriscar; não por mim mas sim pela criança. Não gostaria que ela nascesse com o mesmo problema para sofrer o que acontece comigo. Já fui desacreditada por alguns médicos, mas se um dia amadurecer a ideia de ser mãe, vou arriscar sim, pois tenho fé em Deus que Ele pode fazer milagres; Posso ter uma gravidez normal e meu filho nascer sem problemas de saúde. O fato é que o que ainda me mantém viva e ter esperança na vida é ter comigo Deus, família, amigos, companheiros de trabalho que me aceitam do jeito que sou e ainda saber que não estou sozinha no mundo, nesta luta diária.


Meninas, não desistam de seu sonho, afinal que sentido teria a vida se não fosse a existência dele?
Independente de qualquer religião, viemos ao mundo para uma missão: alguns para aprender, outros para ensinar. Eu diria que NÓS viemos para ambos. Aprendemos a viver com nossas diferenças e ensinamos ao próximo que nem todos os dedos das mãos são iguais e nem por isso elas deixam de ser mãos.